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Soft Skills merecem destaque em uma era em que as pessoas estão vivendo mais e com mais saúde, os trabalhadores mais velhos não apenas podem, mas frequentemente escolhem, permanecer na força de trabalho por mais tempo ou retornar ao trabalho após a aposentadoria.
Está surgindo um consenso de que, se quisermos nos beneficiar do valor que os trabalhadores mais velhos podem agregar à força de trabalho, as empresas precisam ajustar suas práticas de contratação e repensar seu compromisso com coisas como horários flexíveis e programas de treinamento. Da mesma forma, nosso conceito de ensino precisará evoluir, para colocar ainda mais ênfase na aprendizagem ao longo da vida e em salas de aula multigeracionais .
Mas para fazer isso, nós os mais velhos em primeiro lugar e o mercado de trabalho, precisaremos repensar os tipos de habilidades de que esses trabalhadores precisam se quiserem permanecer \”adequados para o propósito\” de participar ativamente da força de trabalho em constante mudança.
Menos habilidades tecnológicas e mais empatia
Temos que virar a chave agora, pois precisamos abandonar a ideia tradicional de uma vida organizada em três fases, composta de educação, carreira e aposentadoria. Em vez disso, precisamos abraçar um curso de vida de várias fases, onde as pessoas continuam aprendendo ao longo da vida, fazem muitas pausas e entram e saem de empregos e carreiras.
Para fazer esse novo modelo de vida adulta funcionar de forma eficaz, valorizar o conhecimento específico do setor provavelmente será cada vez menos útil. Habilidades tecnológicas certamente fazem parte da equação. Mas a importância de coisas como empatia, comunicação e habilidades analíticas, vão equipar as pessoas para uma carreira mais autônoma e duradoura.
Na era da Inteligência Artificial as habilidades mais valiosas num futuro próximo serão aquelas que as máquinas ainda não podem replicar facilmente, como criatividade, pensamento crítico, inteligência emocional, adaptabilidade e colaboração.
Embora atenção considerável esteja sendo dada agora a como incorporar essas habilidades do século 21 aos currículos educacionais para crianças, é hora de pensar sobre como incluí-las nos adultos, especialmente aqueles que já estão na casa dos 50 anos e podem não ter adquirido essas habilidades em suas carreiras anteriores.
Aprendizagem Experiencial
A aprendizagem experiencial pode ser uma ferramenta útil, pois oferece a \”destruição de rotina\” para que os adultos possam aprender novas habilidades que podem abrir portas em uma nova carreira profissional e serem levadas adiante por toda a vida.
Um bom caminho é ficar próximo do ecossistema de empreendedorismo, onde acontecem experimentos em que os adultos mais velhos têm a chance de adquirir novas habilidades, aprofundar suas redes enquanto são orientados e em alguns casos serem remunerados enquanto aprendem.
Criar oportunidades para participação deste jogo
Manter se ativo nesse novo mercado de trabalho pressupõem um certo nível de segurança econômica e escolaridade para ter uma participação viável. É menos claro como os trabalhadores mais velhos com menos recursos podem voltar para a sala de aula ou fazer um estágio não remunerado.
Não vai ser fácil. Mas uma coisa é certa: esse pool de trabalhadores só vai crescer. Portanto, é hora de sermos criativos em como nos preparamos para uma vida de trabalho longa e produtiva.
Hoje em dia, porém, empresas ao redor do mundo inteiro têm reconhecido a importância de, não apenas qualidades técnicas, mas, também, aquelas ligadas ao espectro subjetivo do indivíduo.
Soft Skills são habilidades desenvolvidas por uma pessoa que dizem respeito ao seu comportamento social e à forma com que se expressa emocionalmente. Elas geralmente aparecem no formato de características que remetem à personalidade, como empatia, comunicação, organização e flexibilidade.
Em resumo, Soft Skills são todas as habilidades que não se encontram dentro de uma amplitude simplesmente técnica, mas estão relacionadas à maneira com que nos comunicamos, nos expressamos e colaboramos com o outro. São capacidades subjetivas, que atuam no espectro comportamental e social do ser humano e não dependem de diplomas ou certificados.
Sendo assim Soft Skills, são capacidades absorvidas a partir de experiências pessoais na maioria das vezes ao longo do tempo. Esse fator garante que os seniores serão incluídos aos poucos, nesse novo cenário de trabalho, à medida que as pessoas e empresas forem percebendo que eles possuem uma inteligência emocional e social acima da média e de que não há barreiras para conectá-los à tecnologia.
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